sábado, 26 de janeiro de 2019

LABIRINTO


Neste mundo alienado e confuso,
vivo o presente a um passo do futuro.

A vida nem sempre segue em linha reta,
extravio ao escutar o apito do trem.

Todas as angústias e dores se refazem
ao esquivar-se de minhas memórias.

Então,
escapam-me as inspirações e limitações.

É possível sentir falta daquilo que não vi?
Daquilo que não vivi?

As portas estão abertas
e não me levam a lugar algum.

O que falo ou o que penso
deixam de existir...

E eu sequer me atrevo a puxar
as rédeas do tempo.


                              * Cláudio Hermínio



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