Sobre as montanhas de Minas
Catedrais petrificadas a céu aberto
Que ao longo dos anos
Contam sua história.
Quantas vozes ecoaram de tuas vitrines?
Ouço ainda o barulho dos trens
A trepidar minha memória
Tão intenso que reluz o ouro bruto
Retirado do solo profundo.
Oh Minas!
Das lareiras aquecidas a ferro e brasa
Das matracas que cantam como um enlace sem fim
Dos sinos que tocam e nos deixam em transe
Das suas crenças e ladainhas
Do povo alegre nos becos e esquinas.
Oh Minas!
Sou teu filho e guardo no peito a voz do tambor
Que bate e soa como um vapor.
* Cláudio Hermínio