terça-feira, 21 de janeiro de 2020

SENTIMENTOS


Sobre as montanhas de Minas
Catedrais petrificadas a céu aberto
Que ao longo dos anos
Contam sua história.


Quantas vozes ecoaram de tuas vitrines?


Ouço ainda o barulho dos trens
A trepidar minha memória
Tão intenso que reluz o ouro bruto
Retirado do solo profundo.


Oh Minas!
Das lareiras aquecidas a ferro e brasa
Das matracas que cantam como um enlace sem fim
Dos sinos que tocam e nos deixam em transe
Das suas crenças e ladainhas
Do povo alegre nos becos e esquinas.


Oh Minas!
Sou teu filho e guardo no peito a voz do tambor
Que bate e soa como um vapor.




                                                                                      * Cláudio Hermínio


                                                                                        

" Tela de yara Tupynambá "

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